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Criatividade aplicada na igreja!

Conheci o trabalho da vovó Zita por meio de uma amiga da rede social. Fiquei feliz com tanta criatividade dedicada à evangelização, principalmente por se tratar de crianças. Eu como mãe e admiradora de arte quero compartilhar com vocês o amor que a atriz Andreia Oliveira Yarmalavicius e a sua equipe dedicam aos pequenos contando histórias da bíblia, que não são apenas contos de fadas, mas sim verdades e referências reais que marcarão a vida deles para sempre!



Como e quando você conheceu o evangelho?

Meu primeiro contato com o evangelho foi numa EBF (escola bíblica de férias). Meus pais ainda não eram cristãos. Na época eu era uma criança e fui convidada por uma amiga. Passei somente a frequentar a igreja na adolescência, graças a um tio que me chamava para fazer parte de um grupo de teatro. Como já gostava de teatro, fazer parte de um grupo na igreja, me ajudou a me conectar com ela.



Como foi o encontro com a Igreja Batista Memorial? 

Eu já estava casada. Conheci meu marido no seminário teológico. O teatro também permeou o nosso relacionamento, porque fazíamos trabalhos de evangelismo através do teatro em diversos lugares. Depois de três anos casados ajudando uma igreja num bairro mais distante, decidimos procurar uma mais próxima de casa. A primeira que visitamos foi a Igreja Batista Memorial. Ficamos impressionados logo no primeiro contato. O jeito que a igreja se relacionava com a arte, o ministério infantil, a pregação da palavra de Deus, tudo isso pesou muito para decidirmos ficar lá.

Conte um pouco como surgiu a ideia da Casa da Vovó Zita.



Dentro do ministério infantil da Memorial, existe o ministério de ensino criativo. O objetivo desse ministério é aplicar o conteúdo bíblico de maneira lúdica, criativa e cativante para as crianças. Comecei a trabalhar no ensino criativo logo no primeiro ano em que cheguei na igreja.  Depois de seis anos me tornei líder deste ministério. Queríamos fazer algo especial para a faixa de 2 a 4 anos. Às vezes eu realizava algumas peças infantis fora da igreja, foi de uma dessas peças, em que eu fazia uma vovó, que tirei a ideia de criarmos a vovó Zita. A personagem vovó Zita sempre conta uma história bíblica para as crianças, quando ela se ausenta da sala, os brinquedos da vovó ganham vida e recontam as histórias brincando com objetos. Temos cerca de 100 crianças que assistem a vovó Zita quinzenalmente.



Você tem parceiros que a ajuda na elaboração do roteiro? Quantas pessoas são necessárias para acontecer a apresentação?

Meu esposo que é pastor do ministério infantil escreve todas as histórias, baseado no currículo da Editora Cristã Evangélica. Atualmente temos três equipes que fazem o teatro da vovó Zita. Isso significa que temos três vovós, três bonecas, três palhacinhas e três soldados, que se revezam aos domingos para apresentar o teatro. Além disso, nós contamos com figurinistas, cenógrafo e técnicos de som. Todos voluntários da igreja.



Por que você acha importante trabalhar a evangelização das crianças de forma lúdica?

Porque para chamar atenção de uma criança está cada vez mais difícil. Estamos vivendo a era dos tabletes, celulares, netflix, youtube,etc…onde as crianças passam horas interditas. O mundanismo está presente no cinema, nos desenhos, nos jogos de videogame.



Precisamos de mais criatividade se quisermos alcançar as crianças. Precisamos buscar alternativas. Não podemos ficar restritos a um único modelo de ensino, tipo flanelógrafo.

O teatro ou uma boa contação de história é atemporal, porque está diretamente ligada à natureza humana. Gostamos de ouvir histórias e de reproduzi-las. As pregações de Jesus estão recheadas de ludicidade, as parábolas e os exemplos de Jesus sempre nos levam a usar a imaginação. 

Qual a maior desafio que você vê em relação ao trabalho de evangelização infantil?

Creio que o primeiro desafio é acreditarmos que uma criança pode sim ser salva. Jesus disse a cerca das crianças em Mateus 18:6: Mas se alguém fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar.





O segundo desafio é tornar a evangelização das crianças uma preocupação de toda a igreja e não somente dos diretamente envolvidos (ministério infantil). Todas as famílias deveriam buscar conexões com as crianças, pré-adolescentes e adolescentes. Quanto mais envolvimento dessas faixas etárias com o todo da igreja, mais difícil será eles saírem para o mundo. Os pais devem ser os maiores interessados. O terceiro desafio é o treinamento e a especialização. Para um pastor pregar, é preferível que ele estude, faça seminário e tenha reconhecimento da igreja. Porém, o trabalho com crianças muitas vezes é subvalorizado. Precisamos incentivar a busca pelo conhecimento dos nossos voluntários. Na memorial todo ano treinamos os nossos voluntários.

Qual o feedback que você recebe das crianças e dos pais?

Tanto as crianças quanto os adultos amam a Vovó Zita. Recebemos sempre uma mensagem de carinho e de gratidão dos pais. A vovó Zita tem uma grande responsabilidade, porque o que ela diz, torna-se de grande importância para as crianças. Muitas crianças repetem as lições dela para os pais. As crianças sempre querem conversar com ela e abraçá-la.

Já apresentou ou pretende apresentar a Vovó Zita em outros lugares?

Apresentamos num asilo, num posto de saúde de uma comunidade carente, numa escola e em algumas igrejas.


Apesar das crianças aprenderem sobre Deus na igreja, na sua opinião, qual a importância de também ter este aprendizado em casa?


Creio que o verdadeiro aprendizado deveria vir de casa. O papel da igreja é como parceria. Na igreja uma criança fica por volta de 1h30 por domingo. Já em casa e na escola o tempo é muito maior. Os pais também ensinam como modelos, exemplo de vida para as crianças. As crianças observam os pais. Muito diferente do tempo que elas têm na igreja. 


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