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Filhos à imagem de Cristo ou que cultuam a própria imagem?

Atualizado: 15 de jan. de 2020



A primeira pergunta que faço é: qual o objetivo principal na educação de seu filho? Para cada pai tem uma forma e definição diferentes, mas todos pais querem filhos bem sucedidos e felizes.

Ajudar pais a criarem filhos bem sucedidos é uma indústria crescente, há centenas de livros e artigos que apontam orientações ao caminho do sucesso. Sem contar os pais que levados por recordações de sua infância preocupam-se com o ajustamento psicológico de seu filho. Tudo elaborado para mamães e papais inseguros.

Porém, a maioria destas orientações não prometem ajudar filhos que estimem os outros!

Como podemos ensinar nossos filhos a viverem no Reino de Deus, onde o que dirige é servo se, ao mesmo tempo, os ensinamos a fazer pessoas de seu mundo os servirem?

Outro objetivo que temos é criar filhos bem comportados. Sucumbimos à pressão de criar filhos socialmente aceitos. Queremos filhos que tenham graças sociais.

O que acontece quando o nosso foco é este? Ao invés da correção paciente nos entregamos a urgente pressão de mudar o comportamento deles.O perigo de querer mudar urgentemente o comportamento é que geralmente buscamos o que é conveniente para nós pais e não o melhor para eles.

Quando as boas maneiras estão desvinculadas das raízes do “servir” podem se tornar um instrumento de manipulação. Nossos filhos aprendem a manipular os outros de forma sutil, mas dirigido para proveito próprio. Alguns tornam-se manipuladores sórdidos e desprezam os menos educados.

O grande problema que surge: é possível seu filho ser bem educado e não entender a vida.

Treinamos os filhos, preparamos, encorajamos e avisamos, não paramos até que a criança seja bem-sucedida. O objetivo é que obtenha prêmios acadêmicos e o reconhecimento escolar.

Mas qual deve ser o nosso objetivo como pais?

O nosso objetivo como pais deve ser abrangente. Devemos equipar nossos filhos para viverem e atuarem em uma cultura que abandonou o conhecimento de Deus. Você deve se perguntar: Qual a finalidade principal do homem? Segundo a bíblia é glorificar a Deus e desfrutá-lo para sempre.

Se ensinamos nossos filhos a usarem suas habilidades, aptidões, talento e inteligência para fazerem suas vidas melhores, sem referência a Deus, os distanciamos da verdade:

1- Cedemos aos seus desejos e vontades.

2- Ensinamos a deleitarem a sua alma indo a lugares e tendo atividades.

3- Satisfazemos seus desejos por emoções.

4- Enchemos suas vidas com atividades que os distanciam de Deus.

5- Damos bens materiais e nos alegramos quando se apegam a essas posses.

E daí ficamos esperando que no decorrer dos anos percebam que a vida abundante se acha somente em servir e conhecer a Deus. São anos gastos em negar a importância de uma profunda convicção na verdade da Escritura que com certeza não desenvolverão uma piedade santa durante a adolescência ou no início da vida adulta.

Quais atitudes devemos ter para aproximar seus corações verdadeiramente de Deus?

Nosso objetivo em cada circunstância tem que ser o de expor a visão bíblica diante de nossos filhos desde os primeiros anos de vida.

1- Para verem a si mesmos como criaturas feitas à imagem de Deus.

2- Entenderem que só encontrarão a si mesmas se encontrarem a Deus.

Assegure-se de que o conteúdo do dia a dia se encaixa nestes objetivos acima.

Um exemplo de mandamento cristão que leva a criança a se reconhecer pecador: Deus ordena abençoar os que nos amaldiçoam, e então a criança é confrontada e humilhada pelo coleguinha da escola, como pais sugerimos orar com ele por este colega que ainda não conhece a verdade das escrituras sagradas.

Este é o tipo de conselho que só funciona à luz da revelação bíblica, pois dirige a criança a Deus e não às suas próprias vontades, que no caso seria ignorar o fato ou atacar o colega. Neste momento da oração de perdão e misericórdia a criança se vê totalmente dependente da graça Divina para alcançar o alto padrão bíblico de vida!

Precisamos levar nossos filhos a conhecerem a verdadeira fé em Cristo. Por mais valiosa que seja a rotina espiritual de orar antes das refeições ou antes de dormir, assistir a desenhos cristãos, ir à escola bíblica aos domingos, tudo isso não substitui a verdadeira espiritualidade.

Como buscar a verdadeira espiritualidade?

Se pergunte: O quanto você conhece da bíblia? O quanto você menciona ao longo de uma conversa informal? Criar filhos biblicamente não é apenas uma responsabilidade, é também uma habilidade que precisa ser desenvolvida.

É preciso estabelecer comunicação paciente e amorosa, investir tempo para fortalecer vínculos, inserir versículos nas situações do dia a dia, se a sua rotina for espiritual, o seu filho fará parte dela.

Leva tempo desenvolver as habilidades de pais. Leva tempo para que você deixe o que está fazendo e pegue sua bíblia para ensinar, repreender, corrigir e instruir seus filhos- tempo que talvez você prefira gastar fazendo outras coisas.

E, acima de tudo, leva tempo para que seus filhos cresçam. Não existe maturidade instantânea, não existe nenhum remédio que se tome, alguma escola especial ou algum pó mágico que transforme o pequeno coração rebelde de seu filho num coração obediente, que o leve à maturidade. Maturidade leva tempo.

Pergunto novamente: qual exatamente o seu objetivo como pai ou mãe?

Uma vez que você é cristão só existe uma resposta final para esta pergunta – e esta encontra-se na bíblia. O objetivo supremo que você deve buscar para os sues filhos  é o mesmo que o Apóstolo Paulo tinha para os filhos dele na fé – que fossem conformados (gradativamente transformados) à imagem de Cristo.

Isto é maravilhoso! O seu objetivo, isto é, o que você pretende realizar, já foi estabelecido na Bíblia. Não é preciso questionar-se acerca do que seu filho deve se tornar. Você terá a resposta para isso quando terminar de treiná-lo. Ele deve se parecer com Jesus Cristo.

Com certeza, o sucesso de seu filho será a consequência de uma vida espiritualmente e emocionalmente segura e aperfeiçoada pelo Espírito Santo, na dependência somente de Deus, e não um adulto dependente de relacionamentos abusivos, dinheiro, prestígio ou poder. Isto o destacará fazendo a diferença numa sociedade cada dia mais doente e corrupta!

Texto baseado nos livros: “Pastoreando o Coração da Criança” de Tedd Tripp e “O caminho para o filho andar” de Lou Priolo. Por Adriana A. Reis, mãe, publicitária e coidealizadora do Mães com Fé.

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